Iron Maiden: Discografia Ranqueada
- Jäger Gislon
- 24 de nov. de 2024
- 9 min de leitura
Atualizado: 30 de nov. de 2024
Todo mundo que curte Heavy Metal já ouviu Iron Maiden pelo menos alguma vez na vida. Seja The Number of The Beast ou Powerslave, é uma banda que dispensa elogios. Definitivamente uma das melhores bandas de Metal de todos os tempos e, na minha opinião, a melhor banda do Heavy Metal Clássico. Por isso, ambos os sócios deste blog decidiram ranquear juntos a discografia... Vamos ver como ficou?

Número 17: Virtual XI

Eu nem preciso me explicar, não é mesmo, senhores? Acho que todos podemos concordar que Virtual XI é, sem dúvida, o pior álbum que essa banda já lançou. Não diria que a culpa é do Blaze Bailey, mas o grande problema desse álbum é a excessiva repetição. Quase todas as músicas têm trechos que se repetem de forma cansativa, algo que fica bem claro em The Angel and the Gambler.
Don't you think I can save you? Pois é, a situação está complicada. O que se salva nesse álbum é Futureal, uma música de menos de 3 minutos, impossível de ser estragada com repetição. The Clansman é aceitável, e temos também Lightning Strikes Twice, que, infelizmente, sofre com o mesmo problema de repetição excessiva. Bem, eu provavelmente vou esquecer que esse álbum existe antes mesmo de ir dormir hoje.
Número 16: Fear of the Dark

A capa do Fear of the Dark é legal, e a música de mesmo nome também é boa, mas simplesmente ballads e músicas com tom romântico não combinam com Iron Maiden. A banda parece ter abandonado tudo o que aprendeu com os álbuns anteriores e decidiu voltar ao som clássico dos primeiros lançamentos, o que, de certa forma, acabou prejudicando a qualidade geral da música neste álbum.
É bem estranho imaginar Iron Maiden fazendo uma música romântica, mas, aqui estamos, senhores, com Wasting Love. Fora isso, as melhores músicas do álbum são Be Quick or Be Dead, Fear Is the Key, Judas Be My Guide e, como já mencionei, Fear of the Dark. E, como disse antes, a capa é boa... pena que é a melhor coisa que você vai encontrar nesse álbum.
Número 15: No Prayer for the Dying

No Prayer for the Dying sofre dos mesmos problemas do álbum anterior, mas pelo menos não precisamos lidar com ballads românticas. A partir deste lançamento, a banda começou a sofrer uma queda nos anos 90, só se recuperando no início dos anos 2000. No entanto, há algumas músicas boas que vale a pena ouvir, se você decidir escutar esse álbum.
Tailgunner, Fates Warning, Run Silent Run Deep, Hooks in You e Bring Your Daughter... to the Slaughter são músicas que vale a pena conferir, e eu recomendaria que você desse uma chance a elas. Esse álbum não está mais alto no ranking simplesmente porque Iron Maiden lançou outros que são muito melhores.
Número 14: A Matter of Life and Death

A Matter of Life and Death é um álbum interessante. Ele aborda temas profundos, como questões religiosas, guerras e eventos históricos recentes. No entanto, apesar da profundidade do tema, acredito que o grande problema do álbum seja a duração das músicas. Por exemplo, músicas como These Colours Don't Run seriam muito melhores se fossem metade do tamanho em que terminaram no produto final.
Falando sobre as músicas, diria que se destacam Brighter Than a Thousand Suns, The Longest Day e The Reincarnation of Benjamin Breeg. No entanto, no geral, não diria que há músicas que se destacam de forma significativa das outras. O álbum mantém uma qualidade constante do início ao fim, sem grandes variações. Pessoalmente, acho que essa artwork é a menos interessante que a banda já fez... Só não é pior do que a do álbum que foi lançado antes desse.
Número 13: Piece of Mind

Piece of Mind é, aparentemente, um dos álbuns mais populares da banda, cheio de músicas igualmente icônicas. Where Eagles Dare, Revelations, Flight of Icarus, The Trooper e To Tame a Land são todas músicas memoráveis. Se você pensa em Iron Maiden, é bem provável que esteja pensando em alguma música desse álbum.
Pessoalmente, eu colocaria esse álbum quase no final da lista, ficando apenas acima de Virtual IX. No entanto, meu sócio gostava bastante dele, então decidimos posicioná-lo no meio do ranking. Na minha opinião, o som é abafado demais, os instrumentos não soam bem, e The Trooper acaba sendo, de certa forma, decepcionante. Quando ouvi a discografia pela primeira vez, as expectativas criadas por outras pessoas sobre essa “melhor música do Iron Maiden” foram por água abaixo. Mas fazer o quê?
Número 12: The X Factor

The X Factor tão alto assim? Na frente de Piece of Mind? Esse ranking deve ser uma trollagem. Mas não é, e deixa eu explicar... Doom Metal é um dos meus gêneros favoritos, e sou fã de bandas como October Tide, Saturnus e Katatonia (minha banda favorita). Por isso, esse álbum é um dos meus preferidos do Iron Maiden. Se dependesse só de mim, ele estaria no Top 5, mas, infelizmente, tive que aceitar essa posição tão baixa por causa do meu sócio...
Brincadeiras à parte, destacaria as músicas Sign of the Cross, Lord of the Flies e Man on the Edge como as melhores do álbum. Porém, a atmosfera pesada e deprimente do álbum acabam fazendo com que eu goste da experiência completa, de início ao fim.
Número 11: Dance of Death

Dance of Death seria facilmente o número 1 se estivéssemos ranqueando as capas mais feias do Iron Maiden. Mas, como estamos avaliando a qualidade musical, o álbum acaba ocupando essa posição. Ele tem boas músicas, mas não excepcionais, o que justifica sua colocação no ranking.
As melhores músicas aqui são No More Lies, Face in the Sand, Age of Innocence, Journeyman e, claro, Dance of Death. Esta última, inclusive, é uma das melhores músicas da banda. No entanto, uma única música não consegue elevar um álbum inteiro.
Número 10: The Book of Souls

O álbum mais longo da banda, The Book of Souls, também traz a música mais longa de sua discografia. Concordamos que o maior problema desse lançamento é justamente o seu tamanho, tanto do álbum quanto das músicas em si. Algumas músicas, como If Eternity Should Fail e Empire of the Clouds, conseguem aproveitar bem sua duração, mas, infelizmente, o mesmo não pode ser dito do restante das faixas.
Acredito que, se o álbum tivesse apenas um disco e as músicas fossem mais compactas e diretas, o resultado seria um produto muito mais consistente, e teria alcançado uma posição mais alta no ranking.
Número 9: Senjutsu

O álbum mais recente da banda, Senjutsu, é bom, mas não é perfeito. Ele sofre do mesmo problema que o álbum anterior nesta lista: tanto as músicas quanto a duração geral são longas demais.
A música-título, Senjutsu, poderia ser cortada pela metade, e outras músicas, como Lost in a Lost World e The Writing on the Wall, também se beneficiariam de uma abordagem mais enxuta e polida. Apesar disso, destaco Stratego e as outras músicas mencionadas anteriormente como sendo boas, mesmo com o excesso de duração. Além delas, Hell on Earth, do segundo disco, também merece destaque.
Quem sabe o Iron Maiden ainda nos surpreenda com um novo álbum no futuro?
Número 8: The Final Frontier

The Final Frontier essa posição alta no ranking também por causa de minha insistência. Sou fã de Rock Progressivo dos anos 70, e esse álbum traz muito dessa estética. Diferente de alguns dos lançamentos mais recentes da banda, as músicas longas aqui realmente aproveitam bem sua duração e, em nenhum momento, soam cansativas ou excessivamente estendidas.
As músicas que mais se destacam são Satellite 15... The Final Frontier, Mother of Mercy, The Alchemist, Starblind, The Talisman e The Man Who Would Be King. Todas são incríveis e memoráveis. Se você gosta de Rock Progressivo, precisa ouvir esse álbum pelo menos uma vez na vida.
Número 7: Killers

Killers é um álbum clássico, e provavelmente o favorito de alguns. É um lançamento extremamente memorável, e, sem dúvida, não há nenhuma música ruim nele. Acelerado e cativante desde o início, o álbum apresenta músicas que realmente se destacam, como Wrathchild, Murders in the Rue Morgue, Genghis Khan, Killers e Drifter.
Embora tenha como vocalista o Paul Di'Anno, esse é um álbum de altíssima qualidade, com músicas excelentes que merecem, pelo menos, uma chance de ser ouvidas por qualquer fã do Bruce Dickinson.
Número 6: Iron Maiden

O debut Iron Maiden, que leva o mesmo nome da banda e também inclui uma música incrível, é um clássico sem igual. Esse primeiro álbum apresenta uma sonoridade que mistura rock progressivo e hard rock, com toques de música punk em alguns momentos.
Além de sua capa icônica, as músicas que mais se destacam são Prowler, Remember Tomorrow, Transylvania, Charlotte the Harlot e, claro, Iron Maiden. Desde a primeira vez que ouvi esse álbum, ele sempre esteve entre os meus favoritos. Foi aqui que uma das melhores bandas de todos os tempos deu seus primeiros passos!
Número 5: Brave New World

Brave New World, que marcou o retorno de Bruce Dickinson e a retomada da experimentação progressiva da banda, é, sem dúvida, o melhor álbum do Iron Maiden fora dos clássicos dos anos 80. Além de uma capa extremamente memorável (uma das minhas favoritas, muito bonito o desenho e composição da arte), a qualidade musical também é impressionante.
As músicas de destaque incluem The Wicker Man, Ghost of the Navigator, Brave New World, Blood Brothers, Dream of Mirrors, Out of the Silent Planet e The Thin Line Between Love and Hate. Na verdade, eu poderia simplesmente listar todas as músicas deste álbum, pois todas são igualmente impecáveis. Quem nunca assistiu um fan video com cenas de filmes da Segunda Guerra e Blood Brothers tocando de fundo?
Número 4: The Number of the Beast

The Number of the Beast... Tenho certeza de que você já ouviu algumas músicas deste álbum, mesmo que não saiba. Este foi o trabalho que popularizou o Iron Maiden e os tornou um nome lendário no mundo do Heavy Metal. E, curiosamente, é daqui que tiramos o nome deste site! (22 Acacia Avenue = Araucaria Avenue). Isso mesmo, agora você sabe.
Com uma capa icônica, o conteúdo musical não fica atrás. Children of the Damned, The Prisoner, 22 Acacia Avenue, The Number of the Beast, Run to the Hills e Hallowed Be Thy Name são todas absolutamente incríveis. A partir deste ponto, fica difícil encontrar uma música sequer que não seja excelente. Então, prepare-se, porque daqui para frente só temos masterpieces!
Número 3: Somewhere in Time

Somewhere in Time é um álbum peculiar, um lançamento curioso. É o único trabalho da banda com um som de synth metal, e também aquele que pode acabar não conquistar você de imediato. No meu caso, foi exatamente assim: nas primeiras vezes que ouvi, não fiquei muito impressionado. Mas, conforme fui revisitando, passei a gostar cada vez mais (bem similar ao que aconteceu comigo com o álbum Holocene, da banda The Ocean Collective, curiosamente também é um álbum de synth metal).
A arte da capa é outro destaque memorável, cheia de referências escondidas para quem tiver paciência de procurar (ou dar uma pesquisada na internet), e também que lembra muito Blade Runner, um dos meus filmes favoritos. Quanto à música, ela não fica atrás. Embora todas as músicas mereçam menção, vou destacar algumas das melhores: Caught Somewhere in Time, Wasted Years, Stranger in a Strange Land e Alexander the Great (356-323 B.C) são verdadeiras obras-primas.
Se você ainda não ouviu esse álbum, é quase uma obrigação fazê-lo, e isso também vale para os próximos colocados deste ranking!
Número 2: Powerslave

Powerslave é um daqueles álbuns que, dependendo do dia, poderia muito bem ocupar o topo desta lista. Na verdade, quase não há diferença em termos de quão icônicas e memoráveis são as músicas deste álbum em comparação com o número 1. A capa, uma verdadeira obra de arte, encapsula perfeitamente a estética egípcia presente nas músicas e é, sem dúvidas, uma das artes mais bonitas que a banda já produziu.
Neste período, o Iron Maiden estava experimentando bastante com o rock progressivo, algo que seria retomado nos anos 2000. As músicas que se destacam aqui são Aces High, 2 Minutes to Midnight, The Duellists e duas das minhas favoritas de toda a discografia: Powerslave e Rime of the Ancient Mariner. Essas duas músicas, por si só, já são suficientes para colocar este álbum entre os melhores de todos os tempos.
Por eliminação, você já deve ter adivinhado qual álbum ocupa o primeiro lugar, não é? Dê uma olhada na imagem abaixo.
Número 1: Seventh Son of a Seventh Son

Seventh Son of a Seventh Son, o álbum mais voltado para o rock progressivo antes da fase dos anos 2000 em diante, é, sem dúvidas, o melhor trabalho que o Iron Maiden já fez em toda a sua discografia. A capa deste álbum, além de deslumbrante, é repleta de referências e possui uma estética psicodélica que captura perfeitamente o espírito de um verdadeiro álbum de rock progressivo.
Mas não é só a arte que brilha aqui, as músicas são tão boas que parecem irreais. Novamente, poderia facilmente listar todas como destaques, mas vou mencionar apenas as melhores das melhores: Moonchild, Infinite Dreams, The Evil That Men Do e a épica música-título, Seventh Son of a Seventh Son. Assim como os outros grandes álbuns da banda, este é um que precisa ser ouvido do início ao fim. Se ainda não o fez, você não sabe o que está perdendo!
Bônus: Tierlist

Ambos nós, os criadores deste blog elaboramos um Tierlist com base em nossas opiniões sobre cada álbum da banda. Houve algumas discordâncias, como, por exemplo, em relação ao Piece of Mind, que, na minha opinião, ficaria no final da Tier F, e The X Factor, que eu colocaria no topo do Tier A, por ser o álbum mais próximo das bandas de Metal que mais gosto (Doom Metal e bandas como October Tide, Katatonia e Saturnus). Para facilitar sua compreensão, saiba que o álbum mais à esquerda é o melhor dentro do Tier, enquanto o da direita é o de pior.
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