Nektar: Discografia Ranqueada
- Jäger Gislon

- 15 de jun.
- 7 min de leitura
Introdução ao Nektar

Nektar foi uma das primeiras bandas de Rock Progressivo a qual eu escutei na vida. Dessa forma, o Nektar foi o template pelo qual usei de comparativo para todas as outras bandas do gênero. Apesar dela não ser uma das bandas mais memoráveis de todos os tempos, é uma banda a qual merece reconhecimento pelo que fez, e, sendo assim, aqui estou com o meu Ranking completo da discografia do Nektar!
Número 14: Mission to Mars

Mission to Mars é um álbum raso, fora de data e decepcionante. Depois do lançamento de The Other Side, com um material ótimo, a banda simplesmente decidiu lançar um álbum desinteressante e sem essência. Eles tentam replicar aquele som dos anos 70 que a banda tinha, porém, num contexto moderno, experimento o qual falhou totalmente e acabou gerando simplesmente o pior álbum já feito pela banda. É um lançamento o qual só vale a pena você ouvir se quiser ter a experiência completa da discografia do Nektar.
Número 13: ...Sounds Like This

...Sounds Like This é o álbum da banda onde eles experimentam com Hard Rock Psicodélico. Um álbum bastante experimental, o qual serviu de ponte entre os lançamentos anteriores e o próximo (o qual recicla certos trechos e ideias presentes aqui). O que é interessante nesse álbum é que ele foi feito majoritariamente live, no estúdio, o que fez também com que a banda improvisasse em certas partes do lançamento. Das músicas que aqui se destacam, temos: "Good Day", "1-2-3-4", "Cast Your Fate" e "A Day in the Life of a Preacher", mas, eu diria que o único problema desse álbum é que ele é longo demais.
Número 12: Time Machine

Time Machine poderia ter sido um álbum muito incrível, porém, já vou dizer de cara que a música "Set me Free, Amigo" estraga o álbum. Basicamente temos esse trabalho, com essa arte conceitual incrível, com algumas músicas incríveis como "A Better Way", "Time Machine", "Tranquility", "Juggernaut" e "Diamond Eyes", porém, no meio, temos uma música engraçadinha sobre um cara num buraco no México com um mendigo a qual dura 5 minutos e simplesmente estraga a experiência. Até mesmo a música "Mocking the Moon", que também tem um tom mais brincalhão, tem uma temática mais relacionada ao resto do álbum e não soa totalmente fora de lugar.
Número 11: Man in the Moon

Man in the Moon é o álbum mais orientado ao Pop que a banda já fez. Lançamento já da década de 80, o Nektar tentou seguir numa direção mais comercial, o que não foi um experimento o qual eu penso ser ruim, pois gosto muito das músicas aqui presentes. eu E diria que essas seriam: "Too Young to Die", "Angel", "Telephone", "Torraine", "Man in the Moon" e "You're Alone". Eu diria que a arte também é muito boa, porém, há muitos outros lançamentos que são melhores do que esse.
Número 10: Down to Earth

Down to Earth é um álbum conceitual sobre um Circo espacial o qual visita a Terra. No entanto, ele não é o melhor álbum conceitual já feito pela banda. A arte não é tão interessante assim, mas, pelo menos, a música é muito boa. Aqui tenho as faixas: "Astral Man", "That's Life", "Little Boy", e "Show Me The Way" como sendo as melhores... E que músicas boas! Todas são mais curtas do que o esperado de um Rock Progressivo, porém, não são tão curtas assim para se perder a essência de uma música bem feita. Esse seria um álbum que eu recomendaria caso você queira escutar algo mais acessível por parte do Nektar.
Número 9: Journey to the Centre of the Eye

O debut da banda, Journey to the Centre of the Eye, é um álbum curioso. Ele é mais puxado ao Rock Psicodélico e ao Space Rock do que o Rock Progressivo. Não apenas isso, mas também me lembra muito do filme "2001: A Space Odyssey", o qual foi lançado um pouco antes desse álbum. Certamente a música aqui foi inspirada pelo filme, e com isso, aqui vão as faixas que se destacam dele: "Astronaut's Nightmare", "The Nine Lifeless Daughters of the Sun", "It's All in the Mind", "Burn Out My Eyes" e "Death of the Mind". No geral, como é um álbum conceitual, o que eu recomendo é que você o ouça de início a fim.
Número 8: The Prodigal Son

The Prodigal Son é um álbum mais sério, mais "obscuro". Nele há temas mais profundos, filosóficos nas letras das músicas, há também uma atmosfera mais pesada. Apesar de que algumas pessoas considerem esse álbum uma decepção - ainda mais sendo o lançamento "come back" da banda após estar separada por praticamente 2 décadas, eu penso que ele é um álbum muito bom. Agora, vamos ignorar a arte horrorosa e vamos falar das músicas.
Eu diria que as minhas favoritas daqui são "Terminus/Oh My", "The Drinking Man's Wine", "Shangri-La", "Salt and Vinegar and Rhythm and Blues" e "Day 9". Especialmente nas últimas músicas do álbum, a atmosfera fica mais obscura e mais pesada ainda. Esse com certeza é o álbum mais sério que a banda já fez, e por isso, merece o seu devido reconhecimento.
Número 7: Evolution

Evolution foi um álbum que, por muito tempo, eu não gostava nem um pouco. Levou tempo para eu realmente entender esse lançamento e gostar dele, porém, aqui finalmente estamos... É um álbum muito bom! A banda volta àquele som dos anos 70, similar aos álbuns Tab e Future, com músicas mais longas e até uma arte que remete àquele tempo - eu gosto dessa arte. Se falando das músicas aqui presentes, temos "Child of Mine", "Phazed by the Storm", "Always", "Dancin' Into the Void" e "Old Mother Earth" como destaques. É um álbum muito bom para aquela pessoa que quer ouvir algo com um som mais clássico do Rock Progressivo.
Número 6: The Other Side

The Other Side é outro álbum com um som mais puxado ao Rock Progressivo clássico da banda. Primeiro lançamento após o falecimento de Roye Albrington, eu diria que para um lançamento mais recente da banda, acabou sendo uma ótima experiência de se ter. A arte do álbum é muito bonita. Se falando das músicas, aqui se destacam "I'm on Fire", "Skywriter", "Love Is/The Other Side" e "Devil's Door". Um fato interessante sobre esse álbum é que ele possui material o qual foi criado pela banda na década de 70, material que foi tocado em shows ao vivo da banda, porém, nunca formalmente lançado em um álbum dela até o lançamento deste.
Número 5: Magic Is a Child

Magic Is a Child é um álbum mais subestimado por grande parte dos fãs. Com exceção dos lançamentos mais recentes, ele era o único álbum sem o Roye Albrington, um dos fundadores da banda e Frontman até seu falecimento em anos recentes. Apesar de não ter o Roye aqui presente, ainda penso nesse álbum como sendo um dos melhores já feitos pela banda. Acho a arte dele uma das mais bonitas, assim como também as músicas são muito boas. As que eu diria que se destacam são "Away From Asgard", "Magic Is A Child", "Midnight Light", "Train From Nowhere", "Listen" e "Spread Your Wings". Esse é outro álbum com um som mais acessível e músicas mais curtas, o que também não acaba diluindo a qualidade da música.
Número 4: Recycled

Recycled é um álbum conceitual sobre um futuro pós apocalíptico onde a forma principal de se gerar energia é através de reciclagem. Vejo esse lançamento como sendo um dos mais interessantes já feitos pela banda, definitivamente um álbum que eu recomendaria você ouvir. Além da arte muito bonita e memorável, temos as músicas "Recycle", "Recycle Countdown", "Unendless Imagination?", "São Paulo Sunrise", "Marvellous Moses" e "It's All Over" como sendo as melhores deste álbum. Ele definitivamente merece essa posição do Ranking.
Número 3: Book of Days

Book of Days é um álbum muito longo e estou incluindo aqui também o disco bônus The Follies of Rupert Treacle, o qual faz parte da versão Deluxe desse lançamento. Esse álbum é bem simples, não há muita complexidade nem nada inovador nele, porém, o que eu gosto desse lançamento é exatamente essa essência do Rock Progressivo, da paixão do Roye pela banda e pela música e o resultado da combinação destes. Gosto da arte, representa a música muito bem e as faixas que aqui se destacam são "Over Krakatoa", "King of the Deep", "Lamorna", "Book of Days (Between the Lines)", "Book of Days", "The Follies", "Pass the Fuzz", "Treacle Star" e "Gabrielle's Bridge".
Pessoalmente este é, sem dúvidas, um dos melhores trabalhos já feitos pela banda e que merece muito mais reconhecimento do que atualmente tem.
Número 2: A Tab in the Ocean

O sophomore do Nektar, A Tab in the Ocean é, no geral, o álbum favorito dos fãs da banda. Eu o considero um álbum muito bom, porém, como eu ouvi o primeiro colocado antes desse, e o considero em segundo lugar. Já começando com a arte, ela é muito memorável, assim como a música também é. O álbum é mais puxado ao Rock Progressivo e Hard Rock, em comparação ao debut da banda. As faixas que temos aqui são "A Tab in the Ocean", "Desolation Valley", "Waves", "Crying in the Dark" e "King of Twilight". Um álbum de poucas músicas, longas, onde todas são memoráveis. E aos fãs de Iron Maiden: sim, eles fizeram covers de músicas presentes nesse álbum!
Número 1: Remember the Future

Remember the Future foi o primeiro álbum do Nektar o qual eu ouvi e também um dos primeiros álbuns de Rock Progressivo que já ouvi na vida. Ele literalmente definiu o que é o "Rock Progressivo" para mim. Com uma arte icônica, esse álbum conceitual possui apenas uma música: "Remember the Future", a qual foi dividida em duas partes de mais ou menos 16 minutos cada uma. Uma música que conta a história de uma criança cega a qual é visitada por um ser extraterrestre extradimensional... Que conceito interessante! Não apenas um álbum de Rock Progressivo, mas temos aqui muitos elementos de Rock Psicodélico, Hard Rock e Rock Espacial. Definitivamente o melhor álbum o qual essa banda já fez... Infelizmente, ele não é lembrado entre os melhores álbuns já feitos do gênero...




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