King Crimson: Discografia Ranqueada
- Jäger Gislon
- 9 de mar.
- 7 min de leitura
Introdução ao King Crimson
A banda que consolidou o Rock Progressivo, King Crimson não precisa de uma introdução real, pois se você está lendo esse artigo, com certeza tem um conhecimento pelo menos básico dessa banda. Eu e o meu sócio criamos este Ranking do pior ao melhor álbum da banda, e dessa forma, vamos direto ao conteúdo do post!

Número 13: Starless And Bible Black

Starless And Bible Black não é um álbum ruim, porém, falta algo nele. Apesar da música aqui ser boa, penso que ele não é um lançamento memorável, apenas acabou sendo "mais música" ou "música por música". Não há um dia que eu acorde e pense "Nossa, quero muito ouvir Starless And Bible Black", e nunca haverá um dia desses, posso garantir. As únicas músicas que se destacam aqui são The Night Watch e Trio, o resto é tedioso e esquecível.
Número 12: In The Wake Of Poseidon

In The Wake Of Poseidon, o sophomore da banda, é basicamente uma versão mais fraca do primeiro álbum deles. Aqui temos basicamente tudo que já se ouviu antes, porém um pouco pior e repetido. Ainda assim, gosto da arte dele e de todo o seu conceito, e, em comparação ao item anterior da lista, ele acabou sendo um lançamento muito melhor, com músicas muito melhores. Temos, por exemplo, Pictures of a City, Cadence and Cascade, In The Wake Of Poseidon, Cat Food - a engraçadinha do álbum! - e The Devils Triangle. Mas como disse anteriormente, se você ouvir o debut da banda, basicamente não precisa ouvir esse álbum, pois é só mais do mesmo.
Número 11: The ConstruKction of Light

The ConstruKction of Light é um álbum curioso. Ele e mais outros dois lançamentos da banda acabaram indo numa direção mais do Hard Rock - e tocando um pouco no Heavy Metal! - mas, ainda assim, creio que o trabalho aqui, apesar de ser muito bom, não é o melhor que a banda já fez. As músicas que se destacam são a título, Into The Frying Pan, FraKctured e The World's My Oyster Soup Kitchen Floor Wax Museum. Não, não gosto do Larks' Tongues In Aspic Pt. IV, pois todas as outras partes além daquelas duas presentes naquele álbum acabaram sendo decepções. No fim, esse não é um álbum ruim, e no geral, a qualidade dele é bem consistente. Eu recomendaria você ouvir este lançamento caso queira completar a discografia da banda.
Número 10: Lizard

Lizard é o álbum em que a banda decidiu fazer o que eu gosto de chamar de "Rock Medieval", pois, bem, a música é bastante medieval, e sendo eu alguém muito interessado em cavaleiros, Hussardos e dragões, acho isso muito interessante! Já falando da arte, ela é muito boa, ambas a frente e a traseira da capa são muito bonitas - e cheias de referências, como os Beatles ali no "i" da palavra Crimson. Falando das músicas de uma forma mais específica, Cirkus, Indoor Games e Happy Family são todas muitos boas, porém, a minha música favorita daqui é Lady of the Dancing Water.
Por fim, temos a música-título, Lizard, de 23 minutos, a música mais longa que a banda já fez. No papel, essa deveria ser a mínha música favorita, porém, penso que ela só é interessante na primeira metade, chega um momento que simplesmente nada mais acontece e ela se torna muito tediosa. Por esse motivo, esse lançamento não está numa posição mais alta neste Ranking!
Número 9: Beat

Nos anos 80, a banda decidiu lançar uma trilogia de álbuns os quais eu categorizo como "Gamelan Rock", o que seria basicamente uma mistura de Rock Progressivo com elementos musicais do Sul da Ásia, de lugares como Tailândia, Myanmar ou até mesmo de origem de culturas da Oceania. Nessa trilogia de álbuns, onde o segundo lançado foi este item do Ranking, Beat, a banda experimenta muita e tenta criar uma música nesse estilo - proeza a qual, cerca de 30 anos depois, King Gizzard & the Lizard Wizard também tentaria fazer de sua própria maneira, mas vamos deixar essa conversa para um outro momento...
Apesar da arte ser tediosa, as músicas são muito boas. Temos Neal And Jack And Me, Heartbeat, Waiting Man, Two Hands, The Howler e Absent Lovers, todas músicas muito incríveis e memoráveis. Esse álbum também é interessante no sentido de que, de acordo com o que li na internet, foi o álbum que inventou o Math Rock, um gênero o qual apenas ouvi trechos e rumores sobre, mas que talvez um dia eu me aprofunde mais, quem sabe?
Número 8: Three of a Perfect Pair

Three of a Perfect Pair é o último álbum da trilogia dos anos 80. Enquanto o primeiro lado tem algumas músicas parecidas com as do Beat, tais como Three of a Perfect Pair, Model Man e Man With An Open Heart, há também várias músicas experimentais aqui presentes, músicas mais alinhadas ao Rock Industrial, ou até mesmo música ambiente. Algumas dessas são Sleepless, Nuages, Industry, Industrial Zone A e Industrial Zone B. Considerando também as músicas bônus do álbum, The King Crimson Barber Shop é engraçadinha, e claro, vamos ignorar que Larks' Tongues In Aspic Pt III está neste álbum. No fim, a banda acabou lançando álbuns que foram melhores do que este.
Número 7: THRAK

THRAK é o álbum mais barulhento que a banda já fez, e mais um lançamento onde eles chegaram muito perto de fazer Heavy Metal. Nesse lançamento, a banda experimentou com Industrial Rock e Noise Rock, algo bem refletido na capa dele - um negócio de ferro, sei lá o que é isso aí. Falando das músicas, temos VROOOM, Dinosaur, Walking On Air, THRAK, People, Sex Sleep Eat Drink Dream e VROOOM VROOOM. Os melhores títulos de músicas que a banda já fez estão todos presentes nesse álbum, como você pode ver. O problema desse lançamento é que, basicamente, ele é barulhento e experimental, e é aí que a parte interessante dele acaba, sendo barulhento e experimental. Dessa forma, caso queira ouvir o álbum mais barulhento da banda, então ouça THRAK.
Número 6: Larks' Tongues In Aspic

Por mim, Larks' Tongues In Aspic estaria como número 3 deste Ranking, porém, como meu sócio não gostou muito dele, tivemos que colocar Larks numa posição mais baixa, infelizmente. A arte é simplesmente incrível, muito bonita. A música também é muito boa, e algo que se destaca nesse álbum é a qualidade da produção e do mixing da música, o que só melhora o lançamento. Falando da música, aqui sim temos as duas melhores partes de Larks' Tongues In Aspic, a primeira da qual, por algum motivo, me lembra muito o jogo Bioshock Infinite - jogo muito bom! - Mas também temos outras músicas memoráveis aqui, como Book Of Saturday, Exiles, Easy Money e The Talking Drum. É um álbum incrível e que recomendo muito você ouvir pelo menos uma vez na vida.
Número 5: Discipline

O primeiro da trilogia dos anos 80, Discipline é definitivamente o melhor álbum dos três. Aqui temos o som clássico da banda - o Rock Progressivo - em fase de transição para o Rock Gamelão presente nos outros dois álbuns. A arte, de fundo vermelho e um desenho Céltico pagão no centro, também é muito memorável. Falando das músicas em si, temos Elephant Talk, Matte Kudasai, The Sheltering Sky - minha favorita do álbum - e Discipline. Esse é um lançamento incrível e que recomendo também, você dar uma chance para ele.
Número 4: The Power To Believe

O lançamento mais recente da banda e, surpreendentemente, um álbum incrível, The Power To Believe é outro trabalho da banda em que eles misturam o Rock Progressivo com um Hard Rock e quase que encapsulam o Heavy Metal. O conceito do álbum e a mensagem das músicas é muito interessante, e no geral, ele mantém uma qualidade no quesito musical e de produção muito alto de início a fim. As músicas que se destacam aqui são The Power To Believe - todas as partes - Level V, Eyes Wide Open, Facts of Life e Dangerous Curves. É um álbum muito memorável e diferente para a época que foi lançado, e ele definitivamente merece o reconhecimento e a posição que conseguiu neste Ranking.
Número 3: In The Court Of The Crimson King

Um dos álbuns mais clássicos de todos os tempos, In The Court Of The Crimson King foi o debut da banda. Esse álbum não marca apenas o início do King Crimson, mas também foi o lançamento que consolidou o Rock Progressivo, gênero o qual variava entre Space Rock e Psychedelic Rock antes do lançamento deste item. Um álbum que literalmente mudou o mundo da música, seria possível imaginar que , sem ele, não teríamos todos aqueles álbuns incríveis de Rock Progressivo lançados nos anos de 1970 até 1974... Foi uma baita época para se viver...
Falando da arte, você com certeza já a viu em algum lugar. Agora, falando da música, o que pode ser dito? Vou simplesmente listar todas as músicas aqui: 21st Century Schizoid Man, I Talk To The Wind, Epitaph, Moonchild e The Court Of The Crimson King, todas músicas inesquecíveis de um álbum inesquecível. Se há um item dessa lista o qual deveria ser sua prioridade número um em ouvir - caso não tenha - é este álbum aqui. Lhe faça um favor!
Número 2: Islands

Islands tem uma arte meio curiosa, não apenas isso, mas do que se trata da qualidade de produção e mixagem, esse álbum é péssimo. O som é abafado e há muito ruído de fundo, mas, de certo sentido, ter esses barulhos de forma deliberada acabam apenas melhorando a experiência. Para mim, Islands produz uma sensação única a qual nunca tive em nenhum outro álbum que já tenha ouvido até aqui. Islands produz uma sensação de isolamento - não no sentido negativo, mas no sentido de se sentir em paz. Estou isolado, uma ilha, não literal, no meio do espaço. Solitário e sozinho, mas em paz. É essa a mensagem de Islands - para mim, pelo menos, e é por isso que esse álbum está no número 2 deste Ranking.
Falando das músicas de forma mais específica, Formentara Lady, Sailor's Tale, The Letters, Ladies of the Road, Song Of The Gulls e Islands são todas músicas incríveis e curto todos os segundos presentes aqui nesse álbum. Uma experiência única, e caso você gostou do que escrevi sobre esse álbum, então dê-lhe uma chance e ouça Islands.
Número 1: Red

Sem dúvidas, Red merece estar no primeiro colocado deste Ranking. Esse álbum tem as melhores instrumentações e melodias presentes em toda a discografia da banda. É o único álbum que eles seguem profundamente numa direção de Jazz Fusion, junto ao Rock Progressivo que já haviam feito anteriormente, e essa fusão dos dois gêneros resultou num álbum incrível. Red, Fallen Angel, One More Red Nightmare e Providence são todas músicas muito boas, mas, a melhor, de longe é Starless, com o trecho musical mais melódico e melancólico que a banda já fez em toda a sua carreira. Curiosamente, essa música também me lembra o mapa Shadows of Evil, do modo Zumbi do Black Ops III... Talvez seja o Jazz do álbum, provavelmente...
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