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Darkthrone: Discografia Ranqueada

Darkthrone: Discografia Ranqueada

Darkthrone é, sem dúvida, uma das melhores, senão a melhor, banda de Black Metal de todos os tempos (talvez a melhor). Ao longo da sua carreira, a banda experimentou com outros gêneros, como Crust Punk (Horrível) e Doom Metal (Muito bom!). Além disso, você sabia que eles começaram sua carreira com o Death Metal? Neste artigo, irei ranquear a discografia completa dessa banda.

Darkthrone membros

Número 20: The Cult is Alive

The Cult is Alive

The Cult is Alive é, de forma direta, uma perda de tempo. Por algum motivo, o Darkthrone decidiu seguir uma direção mais voltada ao Crust Punk durante os anos 2000. Embora ainda mantenha, de certa forma, aquele som do Black Metal, os elementos de Crust Punk simplesmente estragam a música. Nunca consegui ouvir esse álbum inteiro e não pretendo jamais o fazer, não consigo suportar a música de tão ruim. Além de não gostar da forma como os instrumentos são tocados, a capa do álbum também é feia, e os vocais são ruins (sim, isso mesmo!). A menos que você goste de música ruim, eu realmente não recomendaria esse álbum.


Número 19: Dark Thrones & Black Flags

Dark Thrones & Black Flags

Dark Thrones & Black Flags é outra grande perda de tempo. Dessa vez, e assim como veremos nos próximos dois álbuns desse ranking, a banda optou por uma mistura de Crust Punk com Heavy Metal clássico e Speed Metal. E qual foi o resultado, você me pergunta? Uma verdadeira gororoba nojenta e difícil de se ouvir. Os vocais continuam horríveis e, para ser sincero, já comecei a odiar a cara desse maluco na capa. Assim como o álbum anterior, não há nenhuma música boa aqui que eu recomendaria. Pelo menos, tem uma mulher demoníaca, succubus ou o que seja, ali no meio do desenho do artwork, e essa é a única coisa de bom nesse álbum.


Número 18: F.O.A.D

F.O.A.D

F.O.A.D. ou "Fuck Off And Die" é farinha do mesmo saco. Outro álbum de Crust Punk que definitivamente não vale a pena ouvir. Sinceramente, já não sei mais o que reclamar aqui, acho que esse é mais tolerável que os anteriores, mas ainda assim, continua ruim. Acho que os vocais são um pouco mais suportáveis também, mesmo considerando que eles são uma porcaria. Talvez fosse melhor simplesmente esquecer que esses álbuns de Crust Punk sequer existiram, não é?


Número 17: Circle the Wagons

Circle the Wagons

Circle the Wagons é o menos pior dos álbuns de Crust Punk. Sem dúvida, é o álbum com os vocais mais audíveis, a capa mais legal (ainda com aquele maluco que eu odeio) e a melhor produção no quesito instrumental. Das músicas, continua sem nada notável, mas aqui temos I Am The Working Class, e, sinceramente, parece que alguém leu Karl Marx demais, seria mais útil usar essa porcaria como combustível para fogo.


Número 16: The Underground Resistance

The Underground Resistance

The Underground Resistance, lançado em 2013, marcou o retorno da banda a um som muito mais interessante, depois da fatídica fase do Crust Punk. Este é, sem dúvida, o primeiro álbum que eu realmente recomendaria deste ranking. Até aqui estávamos apenas nos aquecendo, agora é a hora da verdade! A banda manteve a pegada do Heavy Metal e Speed Metal, mas trocou o som horrível do Crust Punk por um Viking Metal muito bem tocado.

Você pode ouvir esse novo som claramente em músicas como Dead Early, Valkyrie, Lesser Men e Leave No Cross Unturned. A banda nunca mais seguiu esse estilo após esse álbum, mas, mesmo assim, The Underground Resistance marcou um retorno ao shape. Abandonar o Crust Punk foi, sem dúvida, a melhor decisão da carreira deles.


Número 15: Sardonic Wrath

Sardonic Wrath

Sardonic Wrath, o primeiro verdadeiro álbum de Black Metal deste ranking, foi o último lançamento antes da banda seguir para o Crust Punk. Não é apenas um álbum de Black Metal, mas também traz um forte tom puxado ao Black Metal Atmosférico, estilo que, pessoalmente, gosto bastante. Apesar da capa sombria, quando se trata dos álbuns de Black Metal da banda, considero este o mais fraco.

O álbum começa com Order of the Ominous, que estabelece a atmosfera sombria e maléfica, seguida de uma música pesada: Information Wants to Be Syndicated, um baita título, diria eu. Outras boas músicas incluem Straightening Sharks in Heaven, Man Tenker Sitt e, por fim, Rawness Obsolete. No entanto, esse álbum não apresenta o melhor Black Metal que a banda já fez.


Número 14: Hate Them

Hate Them

Hate Them, por sua vez, mistura o som do Black Metal com o que eu chamo de Noise Rock. É um álbum bem barulhento e agressivo. Você já pode perceber isso pela capa, com as serras, que transmite essa intenção de agressividade desde a apresentação visual. Diria que as melhores músicas aqui são Rust, Striving for a Piece of Lucifer e In Honour of Thy Name.

Não é um lançamento especialmente memorável, mas acredito que é superior ao álbum anterior e à fase Crust Punk da banda.


Número 13: Total Death

Total Death

Total Death é um álbum com um som bem agressivo. O título já deixa claro que não é brincadeira. Neste lançamento, a banda seguiu uma direção mais voltada ao Blackened Death Metal. Quando ouço este álbum, penso imediatamente na banda Necrophobic, que dedicou sua carreira 100% a esse estilo presente aqui.

Gosto especialmente das primeiras músicas: Earth's Last Picture, Blackwinged e Gather for Attack on the Pearly Gates. No entanto, acredito que o que se ouve nessas músicas é basicamente tudo o que o álbum tem a oferecer. O restante das músicas segue a mesma linha, sem trazer nada de novo ou marcante.


Número 12: Soulside Journey

Soulside Journey

O debut da banda, Soulside Journey, é o único álbum focado exclusivamente no som do Death Metal. Sonoricamente, ele é bem diferente de tudo o que a banda viria a fazer no futuro. Quem sabe, se tivessem seguido por esse caminho, hoje seriam uma banda completamente diferente. As melhores músicas aqui são Cromlech, Neptune Towers, Grave With a View, The Watchtower e Eon. No fim, acho que são ótimas músicas para o debut de uma banda que ainda estava em busca de sua identidade sonora na época.

Aproveitando esse álbum, é bem evidente o quanto Nocturno e Fenriz (a dupla por trás da banda) são fascinados por terror cósmico e temas do gênero. Isso fica claro tanto na arte de capa quanto nas músicas, com várias referências ao espaço e à galáxia. Na arte, por exemplo, vemos figuras sombrias ao fundo, com uma nave distópica colossal acima delas. Essa estética se repete em vários lançamentos da banda e, pessoalmente, eu gosto bastante.


Número 11: Plaguewielder

Plaguewielder

Plaguewielder é um álbum curioso. Mais um dos álbuns de Black Metal Atmosférico, e sua capa já é bem estranha e chamativa. Acredito que ela represente o topo de uma torre em uma terra congelada e distante. Podemos ver as estrelas e a lua no céu escuro, enquanto nuvens cercam a estrutura. Eu realmente gosto dessa arte e também das músicas presentes neste álbum.

Weakling Avenger abre muito bem o álbum, e outras músicas boas incluem Command, "I, Voidgather" e Wreak. Eu gosto especialmente de Wreak, pois ela termina com efeitos sonoros de uma tempestade de gelo, o que combina perfeitamente com a atmosfera do álbum. A sensação é de estar em uma terra congelada e distante, sozinho dentro dessa torre no fim do mundo, enquanto uma tempestade devastadora destrói tudo lá fora... Atmosfera perfeita!


Número 10: Ravishing Grimness

Ravishing Grimness

Ravishing Grimness também é curioso. Ao meu ver, este álbum mistura Black Metal com Rock Progressivo de uma maneira única. A banda se aventurou em conceitos diferentes nas músicas aqui presentes, e o som, no geral, remete mais a essa matriz progressiva da música, sob uma forte dose de Black Metal. Este lançamento também tem uma pegada mais melancólica, especialmente quando comparado a outros álbuns da banda, que nunca seguiram por uma direção tão emotiva ou melancólica quanto a presente aqui.

A arte não é nada de especial, no mínimo, é aceitável. As melhores músicas desse álbum são Lifeless, The Claws of Time e Ravishing Grimness. As outras também são interessantes, mas essas se destacam mais.


Número 9: Old Star

Old Star

Old Star é insano. Olhe só para essa arte maluca, parece algo saído de Berserk ou descrito por Lovecraft. Mais um álbum de Black Metal Atmosférico, e a banda se deixa influenciar de forma notável pelo terror cósmico nos temas deste lançamento. Começamos com I Muffle Your Inner Choir, uma música extremamente agressiva. Seguida por The Hardship of The Scots, minha favorita deste álbum e também a mais popular no Spotify.

Outras boas músicas são Alp Man, Duke of Gloat e The Key is Inside the Wall. Ainda assim, é estranho pensar que este álbum é tão recente, de 2019, considerando o quanto a banda experimentou com sons e gêneros diferentes nos últimos tempos. De qualquer forma, é um lançamento que eu definitivamente recomendaria.


Número 8: Panzerfaust

Panzerfaust

Panzerfaust, aquele álbum com a presença e influência de um carinha da banda Burzum. Pessoalmente, não acho esse lançamento tão bom assim, mas, ainda assim, ele ocupa essa posição no ranking. Ele tem aquele som clássico de Black Metal Atmosférico e uma capa memorável, com essa figura segurando um machado no meio da noite, em uma floresta nevada.

As melhores músicas deste álbum são En Vind Av Sorg, Triumphant Gleam, The Hordes of Nebulah e Quintessence. Esta última, especialmente, se destaca como a mais memorável do lançamento, sem dúvida, a melhor do álbum.


Número 7: Arctic Thunder

Arctic Thunder

Arctic Thunder é um dos álbuns em que o Darkthrone decidiu misturar Doom Metal e Black Metal. Como sou fã de Doom Metal, acabei gostando bastante desse álbum. A capa é muito bonita, no quesito artístico, a melhor de toda a discografia da banda, e, além disso, as músicas também são muito boas.

Tundra Leech, Burial Bliss, Arctic Thunder, Deep Lake Trespass e The Wyoming Distance são todas músicas incríveis, e eu definitivamente as recomendaria. Elas representam alguns dos melhores peças da carreira da banda.


Número 6: Eternal Hails......

Eternal Hails

Acredite ou não, o álbum que me introduziu à banda foi Eternal Hails...... (com seis pontos no título). Este é o álbum em que o Darkthrone mais se aprofundou no Doom Metal de toda a sua discografia. Eu poderia citar todas as músicas, já que gosto de todas, e é exatamente isso que vou fazer.

His Masters Voice, Hate Cloak, Wake of the Awakened, Voyage to a Northpole Adrift e Lost Arcane City of Uppakra são todas músicas incríveis. Minha favorita seria a última, que é a melhor quando se trata da atmosfera e experimentação do álbum. A capa também é ótima, representando perfeitamente aquela estética cósmica e espacial que a banda mantém desde o seu primeiro lançamento, além de refletir muito bem a música presente aqui.


Número 5: Astral Fortress

Astral Fortress

Astral Fortress é um dos álbuns mais recentes da banda. Dessa vez, eles não só misturaram Black Metal e Doom Metal, mas também incorporaram Metal Progressivo, e o resultado foi simplesmente incrível, o que justifica sua posição alta no meu ranking. A única crítica que tenho é em relação à capa, que mostra um sujeito maluco no gelo com uma jaqueta do Panzerfaust... Seria muito bom se fosse outra arte cósmica insana...

As melhores músicas deste álbum são Caravan of Broken Ghosts, Impeccable Caverns of Satan, Eon 2 e The Sea Beneath the Seas of the Sea. Esta última é a minha favorita, representando perfeitamente o resultado da mistura dos três gêneros que a banda explorou.


Número 4: It Beckons Us All

It Beckons Us All

O álbum mais recente da banda, It Beckons Us All, trouxe um retorno ao som de Black Metal Atmosférico, mas com um foco ainda mais forte no terror cósmico, uma temática que a banda sempre demonstrou fascínio. Isso fica claro na capa do álbum... Não sei exatamente o que está acontecendo nela, mas sei que se passa no espaço, com um planeta em completo caos no canto inferior direito.

Eu gosto de todas as músicas presentes aqui, mas as que se destacam para mim são Howling Primitive Colonies, Eon 3, The Bird People of Nordland e The Lone Pines of the Lost Planet. Apenas os títulos dessas músicas já são insanos. Mas agora, qual será o top 3 dos melhores lançamentos da banda? Se você já conhece a discografia deles, sabe muito bem o que está por vir.


Número 3: Under A Funeral Moon

Under A Funeral Moon

Under A Funeral Moon, o segundo álbum da trindade maligna que a banda lançou, é, na minha opinião, o mais fraco dessa trilogia. Isso não significa que seja um álbum ruim, mas os outros dois simplesmente se destacam mais. Além disso, acho que ele tem a arte menos interessante dos três. Talvez eu dê muita atenção às capas dos álbuns que ouço, mas, sendo uma pessoa muito visual, esse é um detalhe que realmente me importa.

As melhores músicas deste álbum são Natassja in Eternal Sleep, Unholy Black Metal, Under a Funeral Moon e To Walk the Infernal Fields. No entanto, de maneira geral, todas as músicas são boas. A atmosfera aqui é impecável, completamente satânica e maligna, e é justamente por isso que essa trilogia ocupa uma posição tão alta no meu ranking.


Número 2: Transilvanian Hunger

Transilvanian Hunger

Transilvanian Hunger, o terceiro álbum da trilogia maligna da banda, é um marco em sua discografia. A música que mais se destaca para mim é justamente a título, Transilvanian Hunger. É, sem dúvida, a que mais ouvi repetidamente, perfeita para momentos introspectivos, como caminhar à noite por uma rua deserta ou um quintal vazio, lugares que deveriam estar cheios de vida, mas estão tomados por uma estranha quietude e solidão.

No entanto, essa não é a única música memorável deste álbum. Skald Au Satans Sol, I En Hall Med Flesk Og Mjod e En as I Dype Skogen também se destacam como algumas das melhores. Apesar disso, acredito que a experiência completa do álbum é melhor aproveitada ao ouvi-lo de início ao fim. Embora as músicas compartilhem uma estrutura e som muito semelhantes (é difícil dizer uma da outra, se não tiver com o tracklist aberto), o que poderia ser um ponto negativo para alguém como eu, que aprecia variação dentro de um álbum, porém, aqui isso funciona perfeitamente. Transilvanian Hunger é sobre atmosfera, e essa consistência sonora só contribui para a imersão total.


Número 1: A Blaze In The Northern Sky

A Blaze In The Northern Sky

A Blaze In The Northern Sky, o primeiro álbum da trilogia maligna da banda, mudou a música norueguesa para sempre. Este álbum definiu o som que o Black Metal assumiria nos anos 90 e, até hoje, é considerado um dos maiores clássicos do gênero. Sua arte é icônica, mostrando um maluco "atacando" como um predador na escuridão da noite, encapsulando perfeitamente a atmosfera satânica e ameaçadora do álbum.

As músicas Kathaarian Life Code, In the Shadow of the Horns, A Blaze in the Northern Sky e The Pagan Winter são os grandes destaques aqui. No entanto, assim como acontece com os outros dois álbuns da trilogia, acredito que a melhor forma de aproveitar este disco é ouvi-lo por completo, do início ao fim. É uma experiência única e obrigatória para qualquer fã de Black Metal.

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