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Burzum: Discografia Ranqueada

Introduzindo Burzum

Burzum é uma banda polêmica. Quando falamos do homem por trás dela, basta dizer que ele é um completo otário. No entanto, há sempre aquela questão: separar a arte do artista. Ao ouvir a discografia completa do Burzum, fica difícil ignorar as proezas alcançadas ao longo dos anos nos álbuns dessa banda. Por isso, neste ranking, focaremos apenas na música. Lá vamos nós mais uma vez...

burzum

Número 12: Thulêan Mysteries

thulêan mysteries

O último álbum lançado pela banda, Thulêan Mysteries, segue a linha de música ambiente/atmosférica, que se tornou o gênero predominante nos trabalhos mais recentes lançados pelo Burzum. Apesar de não ser um álbum necessariamente ruim, falta algo, de certa forma que realmente destaque o som e o torne mais interessante. Não apenas isso, mas no quesito de produção, o álbum soa muito inacabado.

Entre as músicas mais interessantes estão The Sacred Well, The Loss of a Hero, ForeBears e A Thulêan Perspective. O restante, infelizmente, não empolga e, com mais de uma hora de duração, acaba sendo bastante entediante. A ilustração usada como a capa do álbum, mostrando um monstrinho emergindo das profundezas de um pântano é, talvez, o ponto alto desse lançamento.


Número 11: The Ways of Yore

the ways of yore

The Ways of Yore, outro álbum de música ambiente/atmosférica, supera o anterior em certos aspectos. Aqui, percebemos uma abordagem mais experimental por parte do Burzum, algo que sempre valorizo. A arte da capa também é interessante, possivelmente representando Odin cuidando de alguém, talvez em referência a alguma saga nórdica (sabemos que o guri é fanático por isso).

Quanto às músicas, os destaques ficam com God from the Machine, The Portal, Heill Odinn, Lady in the Lake, The Reckoning of Man, Autumn Leaves, Emptiness e To Hel and Back Again. A atmosfera do álbum é muito bem feita, vou admitir. Fora a exceção do item anterior, não considero que a discografia da banda tenha álbuns ruins, apenas que alguns se destacam mais do que outros. A partir daqui, posso dizer que espero apenas trabalhos sólidos.


Número 10: Umskiptar

umskiptar

Umskiptar é um álbum bom. Ele combina elementos legados do som da banda, ou seja, o Black Metal, com fortes influências de Viking Metal. Além disso, a capa é literalmente uma obra de arte, relacionado a toda a mitologia nórdica também, o que só reforça o caráter do álbum.

Entre as músicas, as melhores são Blodstokkinn, Joln, Alfadanz, Hit helga Tre, Heidr e Valgaldr. As demais não são ruins, mas essas se destacam como os pontos altos do trabalho. No final, se você procura uma mistura impressionante de Black Metal com Viking Metal, este é o álbum que recomendo.


Número 9: Belus

belus

Belus é um álbum muito belo! Começando pela capa, é impossível não elogiá-la, ela é muito bonita, assim como o design escolhido para a fonte do nome da banda e do título do álbum. No aspecto musical, o trabalho segue uma linha de Black Metal Atmosférico, com um toque que remete a bandas como Eldamar ou Elderwind, conhecidas por uma abordagem mais "fantasiosa" e com temas fortes ligados à natureza.

Além da estética impecável, a música também não decepciona. Os destaques são II. Belus Doed, III. Glemselens Elv e IV. Kaimadalthas Nedstigning. Pelo estilo dos títulos, imagino que se trata de um Concept Album, mas, como as letras estão todas em Norueguês, é uma pena que eu não não entenda do que a música está falando sobre...


Número 8: Burzum/Aske

burzum aske

Nesta posição, vou considerar juntos o debut e o EP do início da carreira: Burzum/Aske. Aqui, encontramos um som cru de Black Metal Atmosférico, perceptível em cada música. Além disso, há um toque de experimentação em algumas peças, como Channelling the Power of Souls into a New God, The Crying Orc e Dungeons of Darkness.

Outras músicas que se destacam são Feeble Screams from Forests Unknown, Spell of Destruction, War e My Journey to the Stars. Reconheço que os vocais dessa banda, e outras similares, podem ser difíceis de apreciar no começo, algo muito evidente neste primeiro lançamento da banda, mas gosto da atmosfera sombria e imersiva criada pelo Black Metal, assim presente neste álbum.


Número 7: Daudi Baldrs

daudi baldrs

Daudi Baldrs é o primeiro dos dois álbuns de Dungeon Synth lançados pelo Burzum enquanto o nosso guri estava preso. Desses dois, considero este o mais fraco, mas ainda assim é um álbum interessante de se ouvir. Limitado pelas circunstâncias da prisão, o homem tinha acesso apenas a um teclado, então todos os sons presentes aqui foram criados com esse instrumento.

As músicas que mais se destacam são Daudi Baldrs, Balferd Baldrs, I Heimr Heljar e Moti Ragnarokum. A atmosfera sombria e pesada do álbum parece saída diretamente de um jogo obscuro no estilo de Fear & Hunger, algo que poderia ter sido lançado nos anos 90. No fim, é um trabalho muito bom, especialmente se você estiver buscando um Dungeon Synth malvadão.


Número 6: Fallen

fallen

Fallen é outro lançamento mais moderno, puxado ao som do Black Metal Atmosférico. Neste álbum, por algum motivo, tenho a impressão de que os vocais estão sendo cantados em Francês, mesmo sabendo que não é verdade... Ou será que é? No fim, isso não importa muito, já que não entendo nada do que está sendo dito, mas sei que gosto do som.

As músicas de destaque são Jeg faller, Valen, Vanvidd e Budstikken. O álbum se encerra com a experimental Til Hel og tilbake igjen. Além das músicas, a capa merece elogios: uma pintura extremamente bonita que complementa perfeitamente a atmosfera do álbum.


Número 5: Sol Austan, Mani Vestan

sol austan, mani vestan

Sol Austan, Mani Vestan é o álbum de música atmosférica/ambiente que, para mim, se destaca entre os demais desse estilo, sendo o melhor nessa categoria. Além da capa com uma arte muito interessante e obscura, as músicas conseguem transmitir uma atmosfera que combina perfeitamente com a arte: pesada, obscura e sombria.

As músicas que mais se destacam são Sol Austan, Fedrahellir, Mani Vestan e Solbjorg. Embora este seja um álbum de música ambiente muito bem executado, acredito que a banda tenha lançado outros trabalhos que superam este, oferecendo mais do que a atmosfera sombria presente aqui.


Número 4: Hlidskjalf

hlidskjalf

Hlidskjalf, o trono de Odin, é o segundo álbum de Dungeon Synth e o que considero o melhor da dupla. As músicas aqui são extremamente emotivas e podem ser apreciadas por qualquer pessoa, até mesmo por quem não se interessa por Black Metal ou sequer sabe o que é Dungeon Synth. A capa do álbum também é muito bonita, com a imagem de uma floresta de bétulas obscurecida pela noite, iluminada por alguns raios de luz da lua... É realmente deslumbrante!

As músicas são evocativas e carregadas de emoção. Os destaques incluem Tuistos Herz, Der Tod Wuotans, Die Liebe Nerpus, Frijos Einsames Trauern, Frijos Goldene Tranen e, por fim, Der Weinende Hadnur. Eu poderia listar todas as músicas, e quase fiz isso, pois é um álbum incrível que recomendo fortemente para quem deseja ouvir algo tocante e profundo.


Número 3: Filosofem

filosofem

O álbum mais popular da banda e considerado por muitos o melhor da discografia: Filosofem. Logo de cara, temos músicas clássicas do Black Metal Atmosférico, como Dunkelheit, Jesus' Tod e Erblicket Die Tochter Des Firmaments. No entanto, o álbum também apresenta músicas mais experimentais, como Gebrechlichkeit I e Gebrechlichkeit II, que mesclam Black Metal com música ambiente/atmosférica. E não para por aí: temos ainda Rundgang Um Die Transzendentale Saule Der Singularitat, uma música longa e altamente experimental que gosto muito.

No final, se algum dia você quiser ouvir Black Metal e se familiarizar com o gênero, este é definitivamente o álbum que eu recomendaria começar. Nele estão os clássicos, as músicas essenciais do Black Metal.


Número 2: Det Som Engang Var

det som engang var

Det Som Engang Var é outro álbum extremamente memorável. A música presente aqui tem uma qualidade que, em minha mente, combina perfeitamente com o universo de O Senhor dos Anéis. É como se o álbum fosse inspirado diretamente nos livros, ou, quem sabe, o contrário, como se alguém tivesse escutado esse álbum e decidido escrever livros baseados nessa música e criado o Senhor dos Anéis, embora saibamos que isso não seja verdade.

A capa icônica, que parece ter sido desenhada a lápis 2B, poderia muito bem representar os portões de Mordor ou do inferno. A música em si complementa essa imagem, criando uma harmonia perfeita. Entre as músicas de destaque, temos En Ring Til Aa Herske, Key To The Gate, Lost Wisdom e Snu Mikrokosmos Tegn, mas também encontramos músicas mais experimentais como Ham Som Reiste, Svarte Troner e Den Onde Kysten. A atmosfera deste álbum é, sem dúvida, uma das mais perfeitas da discografia do Burzum, talvez sendo o álbum com a atmosfera mais obscura e o som mais sinistro de todos os álbuns.


Número 1: Hvis Lyset Tar Oss

hvis lyset tar oss

Hvis Lyset Tar Oss é meu número um, pois, de forma resumida, é o álbum do Burzum que segue uma direção emotiva e deprimente. Este álbum tem uma sonoridade profundamente melancólica. A capa, com o esqueleto de um homem morto ao lado de uma estrada, provavelmente sob uma temperatura abaixo de zero, e os corvos voando ao redor, representa perfeitamente a música.

Quanto às músicas, são poucas, mas todas longas e memoráveis. Temos as mais voltadas para o Black Metal Atmosférico: Det Som En Gang Var, Hvis Lyset Tar Oss e Inn I Slottet Fra Droemmen, além da música experimental Tomhet, que soa como a música de um jogo vindo do Super Nintendo, ou algo do tipo.

Quando penso em Burzum, é este o álbum que eu quero ouvir.

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