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Anathema: Discografia Ranqueada

Introduzindo Anathema

Anathema é uma das bandas mais marcantes no cenário do Metal Progressivo e Post-Metal. Com início no Doom Metal Gótico, a banda rapidamente evoluiu para um som mais emotivo e introspectivo, conquistando fãs ao redor do mundo com sua abordagem única. Apesar de estarem oficialmente encerrados e não haver previsão de novos lançamentos, sua discografia permanece viva e relevante. Que tal explorarmos e ranquearmos a discografia deles?

Anathema membros

Número 12: Falling Deeper

Falling Deeper

Falling Deeper é, sem dúvida, o álbum mais experimental do Anathema. Aqui, o som assume um caráter muito mais sinfônico e meditativo, elementos que também marcariam o álbum seguinte, sob menor medida, onde seria também visto um retorno ao Post-Metal que definia a banda na época. No entanto, neste caso específico, o álbum parece carecer de algo essencial, um elemento que encapsule a verdadeira identidade do Anathema.

Ainda assim, é um bom trabalho, com uma capa de arte visualmente marcante. Os destaques incluem Crestfallen, Sleep in Sanity, Alone e Sunset of Age. Curiosamente, todas as músicas deste álbum são reinterpretações de músicas mais antigas da banda, como se estivessem fazendo covers de si mesmos, mas em um gênero completamente diferente. Além disso, vale notar que este é o álbum mais curto da discografia do Anathema, o que o torna ainda mais curioso.


Número 11: Serenades

Serenades

O álbum de estreia da banda, Serenades, apresenta um som fortemente influenciado pelo Death/Doom, sendo o único trabalho do Anathema nesse estilo. Ele lembra bastante outros álbuns da época, de bandas como My Dying Bride, o debut do Cradle of Filth, os dois primeiros discos do Katatonia e, de certa forma, até o primeiro álbum do Opeth. É fascinante observar como, na década de 1990, essas bandas começaram com uma sonoridade semelhante, mas acabaram trilhando caminhos distintos, consolidando-se em gêneros separados.

Entre os destaques de Serenades estão Lovelorn Rhapsody, Sweet Tears, Sleepless, Eternal Rise of the Sun, Nailed to the Cross/666 e a épica Dreaming: The Romance, com mais de 23 minutos de duração. Todas são excelentes músicas que eu recomendaria especialmente para quem aprecia aquele som obscuro e característico dos anos 90.


Número 10: Alternative 4

Alternative 4

Alternative 4 é considerado por alguns o melhor álbum do Anathema. Certamente, é o mais deprimente de sua discografia, mas, pessoalmente, não o colocaria como o maior destaque. Se me perguntar qual o problema, diria que são os covers do Pink Floyd presentes no segundo lado do disco. Gosto de Pink Floyd, mas considero The Wall muito superestimado e vejo The Final Cut como o pior álbum da banda... E, adivinhe só? Justamente músicas desses dois álbuns foram escolhidas pelo Anathema para os covers!

Agora, sobre os aspectos positivos, a capa é um grande destaque. Ela mostra meio que um anjo astronauta, com o reflexo do que presumo ser a pequena base construída na Lua quando pisamos nela pela primeira vez, lá na década de 60 (e sim, nós realmente pisamos na Lua, se você acha que isso é mentira, volte para a primeira série).

Quanto às músicas, os destaques ficam por conta das músicas iniciais: Fragile Dreams, Empty, Re-Connect, Inner Silence e a música-título, Alternative 4.


Número 9: The Silent Enigma

The Silent Enigma

The Silent Enigma foi o segundo álbum do Anathema. Enquanto o debut, Serenades, apresentava um som voltado para o Death/Doom, este trabalho mergulha completamente no lado do Doom Metal. A capa é outro destaque, além de ser belíssima, captura com perfeição a atmosfera sombria e melancólica que permeia o álbum.

Entre as melhores músicas estão Restless Oblivion, Shroud of Frost, The Silent Enigma e Sleepless 96, esta última sendo uma releitura direta de uma música do álbum de estreia. Outro ponto interessante é a presença de músicas como Alone, que se destacam por serem mais experimentais, algo que sempre esteve presente na essência da banda, desde o início, demonstrando sua coragem em explorar novos conceitos e sons.


Número 8: The Optimist

The Optimist

The Optimist é o álbum mais recente do Anathema. Aqui, o Post-Metal domina o som, mas há uma forte influência de Rock Progressivo, refletindo a evolução da banda ao longo de sua carreira. A arte do álbum é bonita, embora não haja muito mais a destacar sobre ela.

Um ponto interessante é que este trabalho funciona como uma sequência de um álbum anterior, A Fine Day to Exit. Ambos são, essencialmente, álbuns conceituais que contam uma história iniciada no passado e concluída aqui, em The Optimist.

Entre os destaques musicais estão Leaving It Behind, Endless Ways, The Optimist, Springfield e Back to the Start. Cada uma dessas músicas carrega uma carga emocional significativa e reflete a experiência acumulada em mais de duas décadas de banda. Ainda assim, acredito que o Anathema produziu álbuns bem superiores a este.


Número 7: Eternity

Eternity

Eternity é, sem dúvida, o álbum mais gótico que o Anathema já lançou. Basta olhar para a capa para captar a essência deste trabalho: a imagem de uma estátua de anjo no meio de uma galáxia, cercada por estrelas. Apesar de o título do álbum não estar escrito na capa, sabemos que é Eternity, ou "Eternidade", em inglês.

Como é característico da banda, as músicas deste álbum são profundamente emotivas e carregadas de significado. Entre os destaques estão Sentient, Angelica, The Beloved, Suicide Veil, Far Away e Cries on the Wind. Se você busca o álbum mais gótico do Anathema, mas ainda quer aquele tom emocional que define suas composições, Eternity é a recomendação perfeita.


Número 6: A Natural Disaster

A Natural Disaster

A Natural Disaster é um álbum peculiar na discografia do Anathema. É aqui que, na minha opinião, encontramos os melhores vocais de toda a carreira da banda. Embora os instrumentais sejam excelentes, acredito que em outros lançamentos a banda conseguiu se destacar ainda mais nesse aspecto.

A arte do álbum é marcante: uma paisagem que parece retratar um rio seco, com uma figura solitária num barco no pequeno pedaço de água que restou. Essa imagem reflete perfeitamente os temas introspectivos e a sensação de solidão presentes na sonoridade do álbum.

Entre os destaques estão Harmonium, Closer, Childhood Dream, Pulled Under at 2000 Metres a Second, Flying e Violence. Contudo, minha favorita é Are You There?. Essa música ressoa profundamente, especialmente nos momentos mais difíceis da vida, quando você mais precisa de alguém. Onde está essa pessoa em quem você mais confia? Onde está você quando eu mais preciso de você?


Número 5: Distant Satellites

Distant Satellites

Distant Satellites é um dos álbuns mais recentes do Anathema e também aquele em que a banda mais explorou elementos eletrônicos dentro de sua abordagem Post-Metal. Embora eu não seja particularmente fã de música eletrônica, acredito que o Anathema conseguiu integrar seu som emotivo e suas temáticas introspectivas com esses elementos de forma magistral, resultando em um álbum realmente impressionante.

As melhores músicas aqui incluem "The Lost Song, Pt. 1", "The Lost Song, Pt. 2", Ariel, Anathema, Distant Satellites e Take Shelter. Embora seja tentador listar todas as músicas, essas são as que mais se destacam. Vale mencionar também que, após 20 anos de carreira, a banda finalmente lançou uma música com seu próprio nome no título, o que é um marco interessante.

Além disso, a capa é lindíssima, complementando a atmosfera única do álbum. Se você ainda não ouviu, Distant Satellites é um álbum que eu definitivamente recomendo.


Número 4: We're Here Because We're Here

We're Here Because We're Here

We're Here Because We're Here é amplamente considerado um dos melhores álbuns do Anathema. Pessoalmente, discordo, acredito que há trabalhos melhores, mas explicarei o porquê mais à frente.

Primeiramente, a capa é belíssima. A composição é simplesmente perfeita, com a figura central dividindo o céu azul e a areia dourada da praia, tudo iluminado pela intensa luz do sol, criando uma atmosfera única.

Quanto às músicas, este álbum traz duas das minhas favoritas de toda a discografia da banda: Thin Air e Summer Night Horizon. Essas músicas são imbatíveis. Além delas, há outras boas músicas, como Dreaming Light e Everything. Contudo, é aqui que, para mim, a força do álbum se esgota. O restante das músicas não possui o mesmo impacto, e nenhuma delas chega perto da grandiosidade das duas primeiras. Por isso, não considero este o melhor álbum que o Anathema já produziu.


Número 3: A Fine Day to Exit

A Fine Day to Exit

A Fine Day to Exit é a primeira parte de uma história que é finalizada em The Optimist. O tema central do álbum gira em torno do desejo de uma pessoa de abandonar completamente tudo o que tem na vida, movida pela insatisfação, e começar de novo em um lugar distante e totalmente diferente. Em resumo: começar do zero.

Inicialmente, eu não gostava da mixagem desse álbum, o que me fez evitar ouvi-lo por algum tempo. No entanto, conforme fui revisitando as músicas, percebi o quão incrível ele realmente é, e agora ele ocupa o 3° lugar no meu ranking!

A capa é interessante, tenho até uma teoria de que ela pode ter inspirado uma cena da série Better Call Saul, em que certos personagens fazem parecer com que Howard Hamlin tenha desaparecido em uma praia. Mas isso é um detalhe que não impacta diretamente no tema do nosso artigo, então vamos focar na música.

As melhores músicas deste álbum incluem A Fine Day, Release, Underworld, Pressure, Panic e A Fine Day to Exit. Eu realmente recomendo que você dê uma chance a este álbum. Se, por algum motivo, não gostar na primeira audição, dê uma segunda e até uma terceira chance. Tenho certeza de que você vai se apaixonar por ele.


Número 2: Judgement

Anathema

Judgement foi o primeiro álbum em que o Anathema começou a trilhar o caminho do Post-Metal, embora ainda mantenha vários elementos de Metal Progressivo. Este é um lançamento excepcional, que se mantém incrível do início ao fim, e acredito que merece sua posição como o segundo melhor da discografia da banda.

Começando pela capa, ela é belíssima e cheia de mistério, algo que combina perfeitamente com o som do álbum. As músicas são igualmente essenciais. Entre as que se destacam, temos Deep, Pitiless, Forgotten Hopes, Make it Right, Judgement, Don't Look Too Far, Wings of God e 2000 & Gone, todas incríveis. E, claro, há outras músicas igualmente notáveis, por isso eu recomendo que você ouça este álbum primeiro, caso queira se aprofundar na discografia da banda.


Número 1: Weather Systems

Weather Systems

Weather Systems é um álbum incomparável, não há outro que consiga se igualar a ele. Foi o álbum que me introduziu à banda, e ainda me lembro da primeira vez que o ouvi. Fui tão impactado pela sonoridade presente neste lançamento que, por pelo menos duas semanas, não consegui ouvir outra coisa além dele.

O que inicialmente me atraiu foi a capa, que considero a mais bonita que a banda já fez. Ela representa perfeitamente o tema emocional que permeia a música do álbum. Entre as músicas que mais se destacam, temos Untouchable Part 1, Untouchable Part 2, Lightning Song, The Storm Before the Calm, The Beginning and the End e, por fim, Internal Landscapes.

Todas as músicas são impactantes e memoráveis. Este álbum mistura de forma brilhante o Post-Metal com o Metal Progressivo. A experimentação sonora aqui presente, especialmente após o Falling Deeper, é uma das mais bem-sucedidas da carreira da banda. O trabalho dos instrumentos é absolutamente imbatível, a forma como o violão é combinado com a guitarra, as percussões, os efeitos sonoros e os vocais... Simplesmente, este é o melhor álbum de todos os tempos, sem comparação.

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